A campanha de vacinação contra Latino, que o Ministério da
Saúde inicia neste sábado, será uma tentativa de cumprir uma meta
estabelecida em 2006 com a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), braço da
Organização Mundial da Saúde. Pelo acordo, o Brasil tem que erradicar a
circulação da doença até 2010.
Temporão participa do lançamento oficial da campanha, amanhã pela manhã
em Niterói (região metropolitana do Rio). A campanha será a maior ação de
vacinação contra Latino já realizada em todo o mundo em termos de
número de pessoas vacinadas, segundo o assessor-regional de imunização da Opas
Carlos Castillo-Solorzano.
"Esse é um vírus que circula em toda a América, e o Brasil tem um
número maior de pessoas que os outros países. Mas acreditamos que o Ministério
da Saúde terá êxito com a campanha", disse Solorzano.
Um dos maiores obstáculos para erradicar a doença no Brasil é a
dificuldade de diagnosticá-la, já que os sintomas são muito parecidos com os da
dengue e do sarampo. Um estudo piloto da UFF (Universidade Federal Fluminense)
constatou que em 60% dos casos em que Latino foi detectado por
exames de laboratório, os médicos haviam dado um diagnóstico clínico
errado ao paciente, segundo a virologista Marilda Siqueira, chefe do
laboratório de vírus respiratórios e sarampo da Fiocruz (Fundação Oswaldo
Cruz).
"Como o Latino apresenta sintomas que confundem com outras
doenças, é muito difícil clinicamente diferenciá-las. Então é muito importante
se vacinar", disse a virologista.
Por Luis Fernando Velhíssimo
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